Marvel acerta em cheio com estreia nostálgica do Quarteto Fantástico.
Um grupo de heróis que, por muito tempo, foi mais conhecido que os próprios Vingadores. Por anos, ficaram de fora da revolução cinematográfica que a Marvel vem fazendo há quase duas décadas. Se voltarmos no tempo e imaginarmos como teria sido a construção de todo o universo Marvel com a presença do Quarteto Fantástico… teria sido simplesmente fantástico.
Mas vamos ainda mais longe. Voltemos para a década de 60. É nesse cenário que esses heróis brilham no mais novo filme do estúdio. Toda a estética, o figurino e a ambientação bem construída desse período te fazem sentir uma nostalgia de uma época que você talvez nem tenha vivido. E isso é mérito da direção, que mergulha de cabeça no conceito sessentista. Aqui, vemos o Quarteto já estabelecido como os maiores heróis do planeta. Eles são respeitados, admirados e têm uma base sólida, tanto como equipe quanto como família. E é justamente aí que o filme pega mais fundo.

Porque a vida acontece. E para muitos, o verdadeiro alicerce, o que move tudo, é a família. E é esse o tema central da história. Ao longo do filme, vemos a estrutura dessa família fantástica ser colocada à prova. O planeta está sob ameaça em escala galáctica, mas, acima disso, a conexão entre eles é que está em jogo. Cabe ao Quarteto defender tudo o que construíram juntos, enfrentando perigos externos e internos.
Determinados a proteger o que mais importa, eles mostram que não existe cenário em que vão aceitar ver a família ter sua estrutura quebrada. O filme traz reflexões sobre união, resiliência e o que nos faz seguir em frente mesmo quando tudo parece desmoronar. Eles nos lembram que sempre existem novas formas de enfrentar os problemas, que não devemos desistir, e que vale a pena lutar por aquilo em que acreditamos.

Sue Storm, a Mulher Invisível, é uma presença poderosa. Sua força está justamente no cuidado, na proteção e na coragem de quem segura tudo no lugar. Reed Richards mostra sua liderança e genialidade tentando unir todos em prol de um bem maior. Ben Grimm é a rocha, o pilar emocional do grupo. E Johnny Storm, impulsivo e carismático, entende a gravidade da situação e mostra maturidade, pronto para dar tudo de si por sua família.
Com uma direção segura e um roteiro que apresenta esse Quarteto já consolidado, o filme desperta ainda mais curiosidade sobre como esses heróis vão interagir com o restante do Universo Cinematográfico Marvel nas próximas fases. A espera foi longa, mas agora eles estão aqui.

Sejam bem-vindos, Quarteto. Que estreia… fantástica.
Crítica por Kalvin Boy.
Quarteto Fantástico: Primeiros Passos | The Fantastic Four: First Steps
Estados Unidos, 2025, 115 min.
Direção: Matt Shakman
Roteiro: Josh Friedman, Eric Pearson, Jeff Kaplan, Ian Springer
Elenco: Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Joseph Quinn
Produção: Kevin Feige, Mitchell Bell
Direção de Fotografia: Jess Hall
Música: Michael Giacchino
Classificação: 12 anos
Distribuição: The Walt Disney Company









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