Filme sobre a vida de Chico Mendes busca pioneirismo na adoção de práticas ambiental e socialmente saudáveis em todas as fases da produção.
O RioMarket 2025, braço de negócios do Festival do Rio, foi o cenário para o lançamento oficial do Manual do Audiovisual Sustentável. A iniciativa tem a coordenação da Plataforma Chico Vive, dedicada à preservação e popularização do legado do seringueiro e líder
ambiental Chico Mendes, e apoio da Embratur. O manual, elaborado pela produtora Pachamama, de Bruno Gagliasso, reúne em suas 78 páginas práticas que respeitem os parâmetros ESG (Environmental Sustainability Governance) em todas as fases de um projeto audiovisual, da pré-produção à montagem e finalização. Produtora do documentário e do filme de ficção sobre Chico Mendes, primeiros a buscar a sustentabilidade em todas as duas fases, Joana Henning detalhou a abrangência da iniciativa. As ações culturais e audiovisuais sobre o ambientalista premiado com o Global 500 da ONU, pouco tempo antes de ser assassinado a mando de latifundiários, buscam alinhar-se, ponto a ponto, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. “O desafio é incorporar
práticas ambientalmente saudáveis e socialmente justas sem onerar custos nem comprometer prazos, resumiu.
A produção terá como diretor Sergio Machado, responsável por ‘Os Três Obás de Xangô’, filme que conta a amizade entre Dorival Caymmi, Jorge Amado e o ilustrador argentino Caribé. O trio teve papel importante na divulgação da cultura da diáspora africana e no combate aos preconceitos contra o Candomblé. Idealizador do projeto sobre Chico Mendes, o ator Bruno Gagliasso contou no lançamento que sua produtora, a Pachamama, nasceu do desejo de deixar um legado aos filhos que fosse além do material. ‘Plantei 20 mil árvores no rancho. Foi ótimo, mas me pareceu pouco. Daí a ideia de fazer a diferença. Fazer filmes sobre Chico Mendes seria uma forma de ir adiante, e a coisa mais lógica era que essa produção fosse 100% sustentável, para honrar a trajetória
dele,’ concluiu.
O apoio da Embratur ao projeto uniu coerência política e aderência à estratégia geral da empresa. Presente ao lançamento, Marcelo Freixo lembrou que o plano de expansão da estatal se chama Brasis, em referência à diversidade do país. “Comemoramos não apenas o recorde de sete milhões de visitantes, mas os motivos que trouxeram essas pessoas, em muitos casos. É gente que quer conhecer um país plural, diverso, que derrotou um golpe de estado, a terra de Marina Silva,’ argumentou. Um bom exemplo em favor desse argumento é a liderança da Amazônia entre as regiões que mais cresceram o a atração de turistas. Em um ano, são 87% a mais, praticamente o dobro da já impressionante média brasileira, de 45% em relação ao ano passado.
A Plataforma Chico Vive, participante do projeto, anunciará no próximo dia 23 um prêmio para jovens de seis diferentes biomas brasileiros. A liderança em projetos de defesa da Amazônia, do Pantanal, do Cerrado, da Caatinga, do Pampa, da Mata Atlântica, resultará em apoio financeiro.







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