Exibido em Sundance, o longa de Susan Streitfeld mistura drama erótico e suspense psicológico e marca um ponto decisivo na carreira da atriz.
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Nesta sexta-feira (5), chegou à FILMICCA um filme que é considerado um marco na carreira de Tilda Swinton: “Perversões Femininas” (1996), primeiro longa-metragem da atriz nos Estados Unidos. Dirigido por Susan Streitfeld e exibido no Festival de Sundance, o filme mergulha em um universo de desejo, poder e contradições, revelando uma performance intensa e ousada da premiada atriz britânica. Na trama, Eve Stephens (Swinton), uma advogada ambiciosa e prestes a ser nomeada juíza em Los Angeles, precisa lidar com o peso das aparências e os segredos que esconde. Movida por fantasias sexuais inusitadas e visões perturbadoras, ela vê sua vida se entrelaçar a de sua irmã cleptomaníaca, enquanto se envolve em relações com homens e mulheres, de um geólogo a uma psiquiatra. À medida que realidade e fantasia se confundem, Eve é levada a um clímax intenso que coloca em jogo seu destino pessoal e profissional. Inspirado no livro de Louise J. Kaplan, Perversões Femininas: As Tentações de Emma Bovary (1991), o longa mistura drama erótico e suspense psicológico para discutir os limites da subjetividade feminina em meio ao cenário implacável do sistema judiciário de Los Angeles. Mais que um retrato de época, o filme antecipa questões de gênero e identidade que seguem atuais, consolidando-se como uma obra de referência no cinema independente dos anos 1990. |
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E mais! Além de “Perversões Femininas”, a programação de estreias desta sexta-feira na FILMICCA inclui outras três produções que ampliam o olhar sobre diferentes gêneros e contextos. Entre elas está “Os Chefões” (The Funeral, 1996), clássico de Abel Ferrara que retorna em cópia restaurada. Ambientado nos anos 1930, em plena Grande Depressão, o longa acompanha uma família criminosa que, após perder um de seus membros, parte em busca de vingança. Mais que uma narrativa sobre máfia, o filme reflete sobre fé, redenção e códigos de honra, consolidando-se como um dos trabalhos mais impactantes da filmografia do diretor nova-iorquino. O cinema brasileiro também marca presença com duas produções recentes: “Eu, Empresa” (2021), primeiro longa da dupla Leon Sampaio e Marcus Curvelo, que estreia após ser exibido na Mostra de Cinema de Tiradentes. A obra combina humor ácido e crítica social ao retratar a precariedade do trabalho contemporâneo através da história de um homem que tenta sobreviver entre “bicos” e vídeos no YouTube. Já em “A Máquina Infernal” (2021), Francis Vogner dos Reis cria um horror sensorial situado em uma fábrica do ABC paulista, onde a opressão do trabalho fabril se mistura a sons monstruosos e à metáfora do corpo que se desgasta como engrenagem. |
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