Crítica – Missão: Impossível: O Acerto Final (Mission: Impossible: The Final Reckoning)

Conclusão épica, digna da popularidade de sua franquia.

Há grandes motivos para uma série de filmes fazer sucesso. Grandes atores, grandes orçamentos, façanhas diferentes, histórias interessantes. Chegar ao final de uma série fílmica mantendo esses mesmos requisitos, contudo, é uma grande missão. A chance de alguns desses elementos se perder no meio do caminho é grande, o que costuma diluir paulatinamente o interesse do público ao longo do tempo. Mas Missão Impossível: O Confronto Final, oitavo e dito último filme da franquia, consegue reunir (e refazer com estilo) todos esses elementos.

Missão Impossível se estabeleceu positivamente no cenário cinematográfico dos grandes filmes de ação em 1996, e desde então foi responsável por filmes de grande entretenimento – em especial pelas façanhas realizadas por Tom Cruise e seu protagonista Ethan Hunt. A ausência de dublês por parte do ator e a complexidade cada vez maior de suas cenas de ação tornaram a franquia uma das mais rentáveis e interessantes dentro do gênero.

Mission: Impossible: The Final Reckoning – Paramount Pictures (2025)

Para os que não acompanharam os filmes anteriores, ou parte deles, O Acerto Final já estabelece em seu início um ponto positivo, realizando uma espécie de recapitulação de momentos importantes dos filmes anteriores, suficiente para contextualizar aquilo que se verá em seguida. 30 anos é tempo bastante para se necessitar da utilização desse recurso.

O filme também conta com um enredo bem interessante, uma mescla da necessidade clássica de “salvar o mundo” atrelada a questões extremamente atuais, como o crescimento das Inteligências Artificiais e o poder que elas podem ter sobre as pessoas.

Mission: Impossible: The Final Reckoning – Paramount Pictures (2025)

Um outro ponto interessante que se mantém é o carisma de Ethan Hunt. O personagem principal faz com que compremos o seu lado e acreditemos sem duvidar que ele conseguirá, de fato, resolver a missão, por mais impossível que seja. Os cenários são deslumbrantes, sequências de ação muito bem orquestradas e atores de qualidade sustentam o filme, que nem parece ter a longa duração que tem.

Se é mesmo o último filme da franquia, faz com que ela termine fazendo jus ao seu sucesso. Conclui de forma coerente as histórias desenvolvidas nessas 3 décadas de existência, sem deixar de dar, contudo, esperança de novas possibilidades – quem sabe? – nos próximos anos.

 

Crítica por Bianca Rolff.

 

Missão: Impossível: O Acerto Final | Mission: Impossible: The Final Reckoning
Estados Unidos, 2025, 170 min.
Direção: Christopher McQuarrie
Roteiro: Christopher McQuarrie, Erik Jendresen
Elenco: Tom Cruise, Hayley Atwell, Ving Rhames
Produção: Jake Myers, Christopher McQuarrie, Tom Cruise
Direção de Fotografia: Fraser Taggart
Música: Lalo Schifrin, Max Aruj, Alfie Godfrey
Classificação: 14 anos
Distribuição: Paramount Pictures

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