Crítica – Como Vender a Lua (Fly Me to the Moon)

Uma comédia romântica temperada com momentos de tensão, ambientada em uma das missões mais significativas da história.

O filme é uma comédia romântica com uma pitada de tensão, ambientada em uma das missões mais importantes da história: a corrida espacial e a famosa missão Apollo 11. É uma produção coesa que, mesmo sendo de comédia, mantém o espectador intrigado até o fim, ansioso para saber como se desenrolou esse grande salto para a humanidade.

Diferente da maioria das obras do gênero que focam exclusivamente em um casal, este filme vai além. Ele explora como o marketing influenciava a década de 60 e como as mídias gostavam de inventar ou aumentar histórias para encantar e lucrar. É uma crítica incisiva aos Estados Unidos, especialmente na forma como o governo lidava com a pressão.

Fly Me to the Moon – Sony Pictures (2024)

Por ser uma comédia, “Como Vender a Lua” soube usar referências de filmes e seriados da década de 60, como “Star Trek”, de maneira sutil, utilizando apenas algumas peças de roupa que remetem a esses seriados intergalácticos. O roteiro mantém os pés no chão, sem forçar a narrativa, surpreendendo por ser obra de uma roteirista pouco conhecida.

A direção trabalhou bem as cenas, misturando filmagens reais da época com novas criações, gerando um questionamento no espectador sobre o que é histórico e o que é reinventado. A edição de fotografia foi muito bem utilizada, assim como a trilha musical e sonora, que complementam a atmosfera do longa.

Fly Me to the Moon – Sony Pictures (2024)

Este não é um simples filme de comédia. Para os amantes de história, ele oferece uma versão hilária da famosa Guerra Fria e da corrida espacial. As atuações do elenco principal são espontâneas e naturais, evitando a artificialidade.

O aspecto mais engraçado é a forma como a produção brinca com a velha teoria conspiratória sobre a missão Apollo 11, sugerindo que o governo faria qualquer coisa para vencer uma guerra ou corrida. Esse toque de humor é bem executado, sem cair no exagero.

Fly Me to the Moon – Sony Pictures (2024)

Embora a obra opte por terminar em clichê, isso pode ser relevado, já que reflete o romance típico dos anos 60. Não é um filme perfeito, mas é genial por trabalhar em cima de uma piada que os Estados Unidos tentam abafar há décadas.

 

Crítica por Alisson Ferreira.

 

Como Vender a Lua | Fly Me to the Moon
Estados Unidos, 2024, 132 min.
Direção: Greg Berlanti
Roteiro: Rose Gilroy
Elenco: Scarlett Johansson, Channing Tatum, Woody Harrelson
Produção: Scarlett Johansson, Jonathan Lia, Keenan Flynn
Direção de Fotografia: Dariusz Wolski
Música: Daniel Pemberton
Classificação: 12 anos
Distribuição: Sony Pictures

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