Crítica: Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa

Fidelidade e fofura em um live action que honra a nossa infância.

Depois do sucesso dos filmes em live action da Turma da Mônica, chega a hora de uma das estreias mais esperadas do universo criado por Maurício de Sousa: “Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa“. A trama apresenta uma história simples, mas com atores extremamente carismáticos e fiéis aos quadrinhos. O filme é uma diversão garantida para as crianças e também para os adultos, que acompanham o Chico desde sua criação nos anos 60 ou de sua primeira revista na década de 80, mas nunca o viram nas telonas.

O filme segue nosso protagonista na corrida para salvar sua querida goiabeira de um empreedimento que ameaça derrubá-la. Para isso, convoca toda a sua turma de amigos para uma série de aventuras em nome da preciosa árvore. Isaac Amendoim encanta com sua fofura ao nos contar a história no formato de um clássico “causo de Chico Bento”.

Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa – Paris Filmes (2025)

A fotografia de Gustavo Hadba é um dos grandes destaques técnicos do filme, revelando uma precisão impressionante. Conhecido por trabalhos como “Faroeste Caboclo”, Hadba imprime seu olhar característico, inspirado por faroestes e filmes de ação, conferindo autenticidade ao longa. Seu estilo não apenas enriquece a narrativa visual, mas também contribui significativamente para a ambientação caipira, capturando a essência do universo de Chico Bento com maestria, deixando o filme mais dinâmico e interessante.

“Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa” reforça a atemporalidade dos personagens de Maurício de Sousa. A ambientação é impecável, com uma Vila Abobrinha incrivelmente detalhada. O figurino retrata com precisão os personagens clássicos, incluindo a querida Rosinha e o divertido Zé Lelé, interpretados com maestria por Anna Júlia Dias e Pedro Dantas, formando um dos elencos infantis mais carismáticos do cinema nacional.

Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa – Paris Filmes (2025)

Com o grande carinho e dedicação da direção de Fernando Fraiha, o longa traz uma mensagem importante para as crianças de uma forma leve e divertida. A qualidade cinematográfica dos filmes da turma, incluindo “Turma da Mônica: Lições” e “Turma da Mônica: Laços“, mostra que ainda tem muito à se explorar das aventuras vividas pelos moradores do Bairro do Limoeiro e Vila Abobrinha, entre outras localizações marcantes dos quadrinhos. Dificilmente uma adaptação se dá bem em tantos formatos, como filmes, séries e até animações, mas é extremamente gratificante ver que a essência dos quadrinhos é mantida em diferentes formatos. Não é à toa que assistimos ao filme duas vezes na mesma semana.

O longa estreia dia 9 de janeiro de 2025 nos cinemas.

 

Crítica por Pedro Gomes.

 

Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa
Brasil, 2025, 90 min.
Direção: Fernando Fraiha
Roteiro: Elena Altheman, Fernando Fraiha e Raul Chequer
Elenco: Isaac Amendoim, Pedro Dantas, Anna Julia Dias
Produção: Bianca Villar, Daniel Rezende, Fernando Fraiha
Direção de Fotografia: Gustavo Hadba
Música: Fabio Góes
Classificação: Livre
Distribuição: Paris Filmes

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