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As Histórias mais sombrias do Homem-Aranha

O Homem-Aranha pode ser o último personagem que vem à mente quando pensamos em quadrinhos sombrios. No entanto, embora seja sim geralmente lembrado pelo seu otimismo e piadinhas, não podemos esquecer que a vida do herói aracnídeo é cercada por tragédias.

O peso de ser um super-herói alcançou Peter em inúmeras ocasiões ao longo dos anos. Ao longo de sua carreira nos quadrinhos, o cabeça-de-teia foi afetado por acontecimentos sombrios, desde explosões emocionais até a morte de pessoas próximas a ele. Hoje, veremos algumas das mais sombrias histórias que o Amigão da Vizinhança já encarou.

A Última Caçada de Kraven

Em “A Última Caçada de Kraven”, o vilão titular atrai o Homem-Aranha para uma emboscada, atira neele com tranquilizantes e simplesmente enterra o herói vivo. Kaven então embarca em uma onda de vigilantismo violento, usando o traje do Homem-Aranha e aterrorizando criminosos de forma absolutamente brutal. Quando o Homem-Aranha finalmente consegue se desentarrar e vai atrás de Kraven, o Caçador se rende, declarando que já deixou claro seu ponto de vista e demonstrou sua superioridade.

Kraven então liberta Ratus para o Homem-Aranha perseguir, e encontra seus momentos finais de serenidade em seus aposentos, antes de pegar  uma arma e tirar a própria vida abrupta e violentamente. É facilmente uma das histórias mais pesadas do Homem-Aranha, não apenas pela conclusão de Kraven, mas pelo trauma gerado no Homem-Aranha, que durante muito tempo teve pesadelos por ter sido enterrado vivo.

Back in Black

Back in Black, uma história de 2007, explora o lado mais sombrio do Homem-Aranha, demonstrando como sua moralidade pode ser testada quando ele levado ao limite. A história traz tia May sendo baleada por um assassino desconhecido no início da trama, enviando o Homem-Aranha em uma busca incansável pelo culpado. Para representar sua violência, luto e falta de limites, ele volta a usar o traje negro.

Essa escuridão vai além do externo, influenciando também o interno. Para descobrir quem está por trás da morte de sua tia, o Homem-Aranha quebra certos regulamentos muito específicos nesta história. Por fim, ele descobre que o mandante foi Wilson Fisk, e invade a prisão onde o Rei do Crime está preso. Lá, ele tira a máscara e diz que o Homem-Aranha não está ali para matar Fisk, mas Peter Parker sim. Enquanto espanca o Rei do Crime de uma forma épica, Parker diz que Fisk não passa de um balão esperando alguém chegar com uma agulha. E ele é a agulha.

A Morte de Jean DeWolff

Jean DeWolff foi uma personagem recorrente na mitologia do Homem-Aranha, aparecendo pela primeira vez em Marvel Team-Up #48 de Bill Mantlo e Sal Buscema em 1976. A detetive de polícia frequentemente colaborava com o Homem-Aranha, funcionando como uma das poucos oficiais de autoridade que confiaram no escalador de paredes.

Mais do que qualquer coisa, DeWolff era uma amiga. E seu assassinato brutal e covarde pelas mãos do criminoso conhecido como  Devorador de Pecados levou o Homem-Aranha a uma implacável busca por vingança. O Aranha é ajudado pelo Demolidor nessa investigação, e chega um ponto em que o próprio Homem Sem Medo precisa confrontar o herói, que está quase perdendo a razão. Por fim, eles descobrem que o homem que matou Jean DeWolff foi Stan Carter, o policial que informou o Homem-Aranha sobre sua morte no início da história.

A Caçada Sinistra

Na história “A Caçada Sinistra”, os filhos e a esposa de Kraven planejam ressuscitar o Caçador e iniciar a tal Caçada Sinistra do título. Enquanto se preparam para tentar uma ressurreição profana, a esposa e a filha de Kraven procuram o Homem-Aranha, pois precisam de seu sangue para a ressurreição e farão qualquer coisa para consegui-lo.

Além do próprio plot sombrio, as imagens evocativas de Michael Lark são inquestionavelmente o componente de maior impacto da história. Ele define o cenário na escuridão e na chuva, com indivíduos semivisíveis nas sombras. Além das cenas de sacrifício, o Homem-Aranha é preso em uma uma parede, atravessado por uma lança. Este é um dos quadrinhos mais sombrios e violentos do Homem-Aranha, sem dúvidas.

Mudança

O arco de histórias “Mudança” traz um plot recorrente de um dos vilões do Homem-Aranha. O Doutor Curt Connors está novamente cedendo aos seus impulsos de Lagarto, mas dessa vez de uma forma mais violenta e irracional do que nunca.

A história é pesada por si só, pois trata-se do esforço de um homem para não se autodestruir completamente. Ele vai atrás de seu filho, e é aqui que o ímpeto narrativo padrão do Homem-Aranha chegaria ao fim – o Aranha apareceria e acalmaria Curt, que ficaria comovido com as lágrimas do filho e voltaria ao normal.

Dessa vez, no entanto o Lagarto simplesmente devora o garoto, enquanto parte da mente consciente de Curt Connors grita em desespero ao se ver devorando o próprio filho. Sem dúvida, uma das coisas mais pesadas já mostradas em um quadrinho do Homem-Aranha.

Potestade

A História Homem-Aranha: Potestade é meio que uma tentativa da Marvel de criar um “Cavaleiro das Trevas” para  Peter Parker. A história se passa vários anos no futuro, onde Nova Iorque se livrou dos super-vilões, mas também dos super-heróis. O estado de segurança é mantido por um governo que reprime as liberdades individuais dos cidadãos, alegando ser esse o preço da paz.

É nesse cenário que encontramos Peter Parker, um velho florista que foi demitido, espancado e que é assombrado por pensamentos sobre sua falecida esposa Mary Jane. Acontece que nessa história Mary Jane morreu de câncer devido aos “fluidos radioativos” do Homem-Aranha. Como era de se esperar de uma história que emula o Cavaleiro das Trevas de Frank Milles, Peter volta a vestir o traje de Homem-Aranha para derrubar o governo autoritário e também derrotar um antigo inimigo.

A Morte de Gwen Stacy

A morte de Gwen Stacy ainda é um dos eventos mais comoventes da história da Marvel. A história é um enredo de duas partes que começa com Norman Osborn desesperado pelo abuso de substâncias de seu filho Harry, em seguida, sendo jogado de volta ao seu alter ego Duende Verde.

Ele sequestra Gwen, leva o Aranha até a ponte George Washington, e os dois têm uma briga que termina com o interesse amoroso do herói despencando para a morte. Para piorar a situação, descobriu-se que a teia dele foi a causa da morte de Gwen, quebrando seu pescoço com o tranco. Foi a primeira vez que um super-herói falhou tão miseravelmente em salvar um ente querido quando essa história foi publicada pela primeira vez.

Spectacular Spider-Man #226

A Saga Clone do Homem-Aranha foi uma loucura, e a cena em que Peter Parker grita e dá um soco em Mary Jane é um excelente exemplo das falhas desse extenso arco. Spectacular Spider-Man #226, de Tom DeFalco, Sal Buscema e Bill Sienkiewicz, é sobre as batalhas contínuas de Peter Parker e Ben Reilly para ver quem é o Peter “original” e quem é o clone. Peter acaba tendo uma grande crise de identidade.

Um Peter furioso ataca Ben, acreditando que o exame médico mostrando seu status como clone foi fraudado. Mary Jane tenta impedi-lo, mas Peter revida e dá um soco no rosto dela, jogando-a para trás. Peter provavelmente pretendia apenas afastá-la da luta, mas subestimou sua superforça devido à sua ira. O mais pesado dessa cena, é que Mary Jane estava grávida.

A Morte do Homem-Aranha

Nos quadrinhos, um herói pode morrer de várias maneiras. Brian Michael Bendis proporciona ao Peter Parker do Universo Ultimate a mais heróica das mortes. Além de levar um tiro e ter uma ponte jogada sobre ele, o Aranha ainda é atacado pelo Sexteto Sinistro. Ele consegue derrotar os vilões, mas acaba perecendo enquanto dá cabo de Norman Osborn, o Duende Verde.

Peter sorri enquanto descansa no chão. Pela primeira vez desde a terrível morte de seu tio, ele fez tudo corretamente. Ver esse jovem Homem-Aranha morrer salvando todos, enquanto seus amigos e sua tia choram a sua partida, foi um dos momentos mais tristes de toda a linha Ultimate, e um dos momentos mais narrativamente sombrios e pesados do Homem-Aranha.

Fonte: O Vício (ovicio.com.br)