Com direção de André Weller, o longa mistura arquivos exclusivos e encenações para recontar a trajetória do compositor mineiro e faz estreia mundial na mostra Premiere Brasil Retratos do Festival do Rio 2025.
“Brasil, meu Brasil brasileiro, meu mulato inzoneiro. Vou cantar-te nos meus versos.” Foi assim que Ary Barroso eternizou a própria visão de país em “Aquarela do Brasil”, canção que se tornou um dos maiores símbolos da música nacional. Agora, é a trajetória do compositor que ganha uma abordagem inédita no longa-metragem “Ary”, que faz sua estreia mundial na mostra Premiere Brasil Retratos do Festival do Rio 2025. Dirigido por André Weller, o documentário propõe um mergulho intimista e inovador na mente criativa de quem ajudou a inventar a ideia de um “Brasil brasileiro”.
Narrado em primeira pessoa pelo ator Lima Duarte, que empresta voz e presença marcante, o filme recria a vida do compositor mineiro de forma nada convencional. A partir de textos escritos e entrevistas originais de Ary, aliados a imagens de arquivo raras e cenas dramatizadas, o público é conduzido por uma espécie de “conversa ao pé do ouvido” com o artista, desde a infância em Minas Gerais aos dias de glória no Rio de Janeiro, passando pela histórica parceria com os estúdios Disney.
Com imagens inéditas de acervos nacionais e internacionais, incluindo registros do Museu da Imagem e do Som, da Paramount e da própria Disney, o longa apresenta momentos únicos da vida de Ary, como encontros com Walt Disney e Carmen Miranda. Trechos íntimos, como registros familiares no sítio em Araras e o casamento da filha Mariúza, também integram o material de pesquisa.
Além de Lima Duarte, o elenco conta com participações de Dira Paes, Stepan Nercessian, Leo Jaime, Alan Rocha, Felipe Rocha, Juliana Guimarães e Rafael Rocha, que reencenam momentos marcantes da vida do de Ary, entre eles, o clássico programas de calouros nos quais revelou talentos como Luiz Gonzaga.
Com direção de André Weller, cineasta premiado pelos longas “No Tempo de Miltinho” (2008), vencedor da 14ª edição do festival É Tudo Verdade e da 13ª Mostra de Cinema de Tiradentes, e “Rubem Braga: Olho as Nuvens Vagabundas” (2013), eleito entre os 10 mais da Mostra Novos Diretores da 33ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. André também foi indicado ao Prêmio Grande Otelo e ABC, além de ter dirigido o documentário “No Balanço de Kelly” (2009). Como diretor de arte, assina filmes como “O Mensageiro” (Lúcia Murat, 2022), “Sudoeste” (Eduardo Nunes, 2009) e “Vai que Cola – O Começo” (Cesar Rodrigues, 2018).
A equipe da obra conta ainda com a direção de fotografia de Lula Carvalho (Bingo: O Rei das Manhãs, O Lobo Atrás da Porta, Tropa de Elite), produção de Allexia Galvão, distribuição Elo Studios, figurino de Luciana Cardoso e direção de som de Daniel Martins, Paulo César Alvim e Sergio Guizé.
Sinopse
A intensa vida do autor de “Aquarela do Brasil“, Ary Barroso, é narrada em primeira pessoa pelo ator Lima Duarte. Da infância mineira aos dias de glória no Rio, passando pela parceria com os estúdios Disney, o filme mistura ficção e imagens de arquivo raras, embaladas por clássicos como “No rancho fundo” e “No tabuleiro da baiana”. Um ensaio cinematográfico íntimo sobre a mente criativa do homem que inventou o “Brasil brasileiro”.