Sétima edição da oficina Corpo Crítico será realizada de 4 a 7 de novembro, no Palácio das Artes, com 10 vagas disponíveis para o público geral; atividade será ministrada por Ana Júlia Silvino, Renan Eduardo e Rubens Fabricio Anzolin, editores da Revista Descompasso.
Além dos tradicionais debates após as sessões competitivas, o Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte (FestCurtasBH) reafirma sua dimensão formativa principalmente a partir da realização da Oficina Corpo Crítico, que neste ano chega a sua sétima edição. A oficina de 2025, “Rastros do imponderável: modos de ver, escutar e tensionar”, será conduzida por Ana Júlia Silvino, Renan Eduardo e Rubens Fabricio Anzolin, que, além de curadores do 27º FestCurtasBH, são editores da Revista Descompasso, veículo independente de escrita crítica sobre cinema, música e outras manifestações artísticas. A atividade é gratuita e voltada a interessados em crítica cinematográfica, escrita e pensamento audiovisual contemporâneo. Serão disponibilizadas 10 vagas para o público geral e 2 para servidores/as da Secretaria Municipal de Cultura de Belo Horizonte. As inscrições, que devem ser feitas por meio de um formulário, estarão abertas de até o dia 20 de outubro. A divulgação das pessoas selecionadas ocorrerá no dia 27 de outubro no site do FestCurtasBH e da Fundação Clóvis Salgado, e a oficina será ministrada nos dias 4, 5, 6 e 7 de novembro, de 10h às 12h30, no Cine Humberto Mauro, localizado no Palácio das Artes, com carga horária total de 10h.
A proposta da oficina nasce do desejo de recusar a leitura totalizante e superficial dos filmes e abrir espaço para formas de escrita que acolham o fragmento, o ruído e o imprevisto. A partir de autores e cineastas como Jean-Claude Bernardet, Rogério Sganzerla, Roland Barthes, Edwin Frank e Nicole Brenez, a atividade combina leituras, debates e exercícios práticos que estimulam o pensamento crítico como indagação e invenção. Os participantes serão convidados a escrever textos a partir de perguntas, sensações e gestos mínimos percebidos nos filmes — um exercício de atenção e de experimentação com as palavras.
Segundo Renan Eduardo, “a oficina Corpo Crítico, este ano intitulada ‘Rastros do Imponderável’, é uma síntese perfeita do que estamos propondo enquanto oficineiros. Quando falamos em ‘rastro’, pensamos em algo que não é o fim, mas o que sobra: as fissuras, os sinais que nos levam a outros lugares. A crítica aqui é uma abertura, não uma conclusão: uma abertura de diálogo, de possibilidades e de caminhos que uma obra pode dar”. O curador destaca ainda o papel do imponderável como eixo conceitual e poético da oficina. “O imponderável é o que desafia nossos juízos e expectativas sobre o cinema. São filmes que não se comportam, que não se resolvem facilmente — e é justamente aí que reside sua força. A crítica, nesse contexto, não busca domesticar o risco, mas abraçá-lo como potência criativa, como modo de lidar com as contradições do mundo”, explica.
O “27º FestCurtasBH” é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte e Fundação Clóvis Salgado. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm a Cemig como mantenedora, Patrocínio Master do Instituto Cultural Vale e Grupo Fredizak, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal, Patrocínio da Vivo, Apoio da MGS e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura. Governo do Brasil, do lado do povo brasileiro.







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