Escrito e dirigido por Quentin Tarantino, “Bastardos Inglórios” é sem sombra de dúvidas um dos melhores filmes do diretor, que tem no curriculum outros filmes importantíssimo para a história recente do cinema, como “Cães de Aluguel”, “Pulp Fiction”, “Kill Bill”, entre outros. Hoje, iremos explorar uma teoria sobre o personagem de Christoph Waltz, Coronel Hans Landa da SS e sua possível e secreta homossexualidade dentro do filme, sim amigos,
Hans Landa era gay!
Antes de continuar, você pode assistir ao artigo em vídeo, se preferir:
Na indústria cinematográfica existe uma coisa que, eu, humildemente, nomeei de “Actor’s Secret“, ou o “Segredo de Ator” em português. Mas afinal, o que é um actor secret? Bom, ele simplesmente é uma informação do passado de um personagem em alguma trama, que de alguma forma, deve ter impacto direto na atuação do ator no longa. Dado isso, o autor precisa informar o fato para o ator, e tudo em completo sigilo, e na grande maioria das vezes com contrato assinado.
Pra teoria de hoje, o “actor secret” serve na forma de que Quentin Tarantino provavelmente escreveu o personagem Hans Landa, como um homosexual em Bastardos Inglórios, porém só deve ter revelado a informação ao ator Christoph Waltz, em sigilo, e isso teve um impacto direto na atuação do mesmo. Muitas coisas nas tramas nos levam a acreditar nisso, vamos continuar…
Durante todo o longa, Landa não demonstra nenhum apego por pessoas. Em sua primeira cena ele aterroriza um camponês e assassina uma família inteira de judeus deixando apenas, para o azar do terceiro reich, uma sobrevivente. Durante o filme, vemos mais e mais facetas dessa personalidade cruel e implacável, porém, há apenas um personagem no longa para quem ele demonstra algum tipo de apego, Hermann, o operador de rádio. Ele exige, em troca de trair sua pátria, apenas sua liberdade, e a liberdade de seu operador de rádio, e uma vida nova nos Estados Unidos. Logo mais, quando Hermann é assassinado pelos Bastardos, Landa se mostra, pela primeira vez em todo filme, transtornado pela morte.
Landa era um nazista, apesar de ter suas próprias crenças, convicto. A ele foi dada a chance de salvar sua pátria e seu líder, mas ele optou por trair toda sua nação em troca de uma uma área isolada nos Estados Unidos, para viver junto com Hermann. Suspeito… haha
No começo do filme, em mais um dia normal de sua vida, enquanto aterrorizava mounsier Lapadite, ele diz que sabe como “pensar como um rato”, bom, talvez seja porque, ele mesmo, passou a sua vida inteira escondido, como um rato, ante um regime que não aceitava alguém em sua condição. O personagem, tem uma personalidade flamboyanica, ou digamos, “destruidora meissxmo” mas por outro lado, uma segunda face de pura psicopatia, e talvez por isso conseguiu com sucesso não deixar com que levantassem dúvidas sobre sua sexualidade.
Landa tem dois momentos de interação com personagens femininas durante todo o filme. No primeiro, aterroriza Shoshana, e no segundo, assassina Von Hammersmark. Essas são duas mulheres, diga-se de passagem, incrivelmente atraentes. Uma, é a maior estrela do cinema de sua nação, a outra, deixou o “herói da nação” aos seus pés, o homem que poderia ter qualquer mulher na Alemanha, é brincadeira, bicho! A possibilidade de abuso, diferente por exemplo de Django Livre, aqui nem existe.
Também, vamos ser bem sinceros: A única pessoa que Landa demonstra interesse genuíno e fica entusiasmado ao conhecer é Aldo “O Apache” Rayne, líder dos Bastardos e uma figura de interesse de Landa. O personagem parece não se conter de emoção ao conhecer o Apache, pois provavelmente já havia tido uma imagem cerebral do mesmo e… bem, vocês sabem!
Ante aos fatos, é impossível não surgir nem sequer a dúvida: Será que ele era de fato gay? Bom, a última ação do personagem no longa dá um reforço a mais ao SIM. Veja bem, ele trai toda sua pátria, e seu fuher, deixa seu país em ruínas. Ele fez isso pela paz? God no! Ele fez isso por um lugar para ele, o seu operador de rádio morar, nos Estados Unidos, um país livre, onde ele poderia ser quem ele quisesse ser…
E se você também é um super fã do Tarantino, quando dizemos que o personagem tem um jeito meio flamboyanico, por causa do amor ao seu trabalho, podemos relacioná-lo diretamente a Quentin. Tarantino, ante as, digamos acusações, sobre sua sexualidade, respondeu de forma definitiva sobre o assunto em entrevista.
“Eu não ligo se acham que eu sou gay. Eu não vejo isso como uma coisa ruim, minha sexualidade é relevante apenas para um pequeno número de pessoas que me aproximei de verdade durante minha vida, mas quer saber? foda-se, eu vou assumir de vez e gritar pra todo mundo que eu simplesmente… amo filmes!”
- Quentin Tarantino.
E você, concorda ou discorda dessa teoria? Qual seu filme favorito do Quentin Tarantino? Deixe seu comentário e não se esqueça de também conhecer o nosso canal no youtube com muitos programas geniais, como o Teorias Cinéfilas que desconstrói com teorias ocultas e conspiratórias seus filmes favoritos.
Até a próxima!
not mind blowing, but nice point of view…
só o nome da personagem da diane kruger esta escrito errado, é Bridget von Hammersmark, um imdbzinho teria resolvido o problema
Perdão o vacilo, Rafael. Tá arrumado!
Excelente matéria! Gostei bastante dessa teoria. Eu não tinha observado nessa possibilidade, pois eu fiquei mais focado com a personalidade psicopata dele, do que a possibilidade dele utilizar isso para esconder que é gay.
Obrigado pelo comentário, Marlon.
Eu acredito que seja ambos. Mas a psicopatia dele, in nazi-germany, é basicamente seu maior trunfo. Ele é conhecimento como o jew-hunter e como o próprio diz, se orgulha do nickname pois fez tudo que podia para merecê-lo.
Já havia pensado nessa possibilidade, so pela forma que ele reage quando o Hermann morre, Mas Não acho que tenha sido porisso que ele fez o que fez, até porque ele fica chocado quando o Hermann morre Mas segundos depois ele ta preocupado apenas com si proprio, como ele sempre esteve o filme todo, o interesse que ele tem pelo Aldo pode ser explicado por ele ter um respeito grande pela figura dele, ate porque ele era um matador de nazistas e o Landa internamente já tinha uma certa repulsa pelos nazistas, e ele sendo o gênio que o filme fez ele ser, já havia percebido que a alemanha ia perder a guerra, e virou a casaca a tempo… talvez ele tivesse alguma relação amorosa com o Hermann Mas Não acho que foi por ele que traiu sua pátria, um ser frio, calculista, Não se deixaria vulneravel pra absolutamente ninguém.. de qualquer forma é algo possivel, tenho certeza que o Tarantino fez isso de proposito, para os espectadores teorizarem sobre isso, de qualquer forma, ótimo texto (:
Achei muito boa a explicação, mas teria algum motivo para o fato de, se eu não estiver enganado, 2 vezes durante o filme Hans Landa é citado como garanhão, por ter uma fama de mulherengo? Na cena do café quando ele pede para conversar a sós com Shoshana e Fredrick Zoller o repreende com medo da sua fama e um outro momento que não me lembro direito onde Bridget von Hammersmark cita a mesma coisa, acho que na premiere do filme. Enfim, só uma observação a ser feita.
Acho que a “fama” dele no caso da Shoshana é mais fama de psicopata e intimidador, do que galã.
“…nos Estados Unidos, um país livre, onde ele poderia ser quem ele quisesse ser…”
Ah, essa última parte estragou o resto!
Se você pegar o contexto histórico, naquela época os EUA era uma sociedade muito mais racista e homofóbica do que eles julgavam ser os nazistas!
Talvez a intenção do coronel ao “salvar” seu operador de radio seria puramente estratégico, uma vez que ele (o operador) seria um conhecedor da traição de Hans e o maior protagonista dessa negociação entre Aldo e Hans, pois cabe a ele fazer ou não o contato via radio. Hans com a sua personalidade psicopática já previa que de alguma forma o operador teria que ser recompensado para que cumprisse a sua parte do acordo.
Como citado no próprio post Landa não demonstra nenhum apego por pessoas, sendo assim, não era 2 rostinhos bonitos de mulheres diferentes que iria se por a frente de suas ambições ou obrigações.
A teoria é legal, mas não chega a ser um mind blowing não.
Fotos interessantes do Tarantino:
https://images.rapgenius.com/f2f4af2a3c29a514c4748cc3bdf1a499.442x500x1.jpg
http://cdn04.cdn.justjared.com/wp-content/uploads/headlines/2014/09/quentin-tarantino-spotted-kissing-cuddling-with-vanessa-ferlito.jpg
E tem a Courtney Hoffman… Tarantino gay?! Ai já é demais!
Vc é bilingue?
hahahaha, sim! Falo Português, Inglês e várias merda! Espero que acompanhe os próximos posts do site e o nosso canal! 😀
Talvez ele fosse apenas um chauvinista.
Who knows, right? O importante é sempre analisar os filmes e personagens de fora da caixinha. É isso que fazemos na nossa série “Teorias Cinéfilas” no canal do Movier no Youtube, e dada a reação positiva agora neste primeiro teste, também irei compartilhar várias de minhas teorias por aqui pelo site!
Espero que acompanhem 😉
Uuuu….that’s a BINGO!!!!
Na verdade, no caso de ele ser psicopata, coisa que eu tenho bastante certeza, ele não seria homossexual, posto que psicopatas não se apegam a ninguém, não emocionalmente. As características da psicopatia incluem comportamento promíscuo sexual, tanto com homens quanto com mulheres, mas apenas sexo, enquanto a homossexualidade é marcada principalmente por relações de afeto, e não necessariamente apenas sexuais. Ele traiu sua pátria para se salvar, o que pode ser explicado como também característica do psicopata, ser egoista e egocentrico, a reação dele com a morte do Hermann não foi tristeza e sim frustração por ter sido enganado, já que eles se consideram extremamente inteligentes. E o pedido de deixarem ele e Hermann livre, é para mim, só uma comodidade para ele, e também para evitar que Hermann contasse à Alemanha toda que Landa traiu a pátria.
Bom ponto, Raphaela. A verdade é que a teoria serve apenas para indagar: what if? É uma explicação alternativa. O ponto principal é poder retornar a atenção para excelentes filmes. Estaremos trazendo muitos novos conteúdos como este aqui no Movier 🙂
Concordo plenamente.Gosto de Bastardos e pulp fiction.
sempre pensei isso, vi o filme três vezes na época que estava em cartaz, foi acho que na segunda que esse aspecto saltou pra mim pela reação da platéia que sempre reagia com uns “hummmmmmm”s pras falas deles. Interessante como você pode perceber coisas muito diferentes no mesmo filme de sessão pra sessão