Criada, protagonizada e roteirizada por Lucas Oranmian, a série tem direção de Yasmin Thayná, produção de Gabriel Bortolini e conta no elenco com Breno Ferreira, Caio Blat, Lázaro Ramos, Tânia Toko e Aretha Sadick.
Com estreia prevista para o final de 2025, a série AYÔ terá sua primeira exibição pública no Festival do Rio, nesta segunda-feira, 6 de outubro, no Estação NET Rio, às 21h30, com presença de elenco e equipe. A produção em seis episódios é criada, roteirizada e protagonizada por Lucas Oranmian, tem direção de Yasmin Thayná, produção de Gabriel Bortolini e se destaca por trazer ao centro da narrativa a vida de um homem negro, gay e artista, abordando suas relações afetivas, desafios profissionais e busca por pertencimento na São Paulo contemporânea. É um convite para o público se emocionar e refletir sobre temas como afetividade, racismo estrutural e os desafios de viver de arte no Brasil. A produção reforça a importância de investir em narrativas negras e LGBTQIAP+ no protagonismo, unindo um elenco potente que reúne nomes como Breno Ferreira, Aretha Sadick, Gilda Nomacce, Caio Blat, Tania Toko, Lázaro Ramos, Caio Mutai, Odá Silva, entre outros.
“Eu queria interpretar um cara com problemas comuns, como dilemas amorosos, decisões de carreira, que tivesse grana, e não alguém lutando apenas pela sobrevivência. Para atores negros, isso ainda é transgressor. AYÔ nasce desse desejo de escrever o papel que muitas vezes nos escapa. Quis contar uma história íntima que ressoa coletiva”, reforça Lucas, que traz um pouco da sua história pessoal misturada a criações ficcionais. Mais do que uma história de amor, AYÔ reforça novas narrativas, com uma tríade de jovens criadores negros que acompanham Lucas – Yasmin Thayná na direção geral e Gabriel Bortolini na produção. A série mergulha nas contradições de uma geração que equilibra vulnerabilidade e resistência. Ao acompanhar o protagonista em suas relações amorosas, encontros e desencontros, a série revela um mosaico de personagens e situações que espelham a pluralidade da cidade de São Paulo, oferecendo ao público uma narrativa que mistura romance, crítica social e uma estética contemporânea que dialoga com produções como I May Destroy You e Atlanta, mas com um inconfundível “swing brasileiro”.
“Muitos foram os desafios para colocar um homem negro, gay e artista no centro — com desejo, contradição e alegria — o que é uma decisão estética e política. AYÔ mira público amplo e prova que narrativas negras e LGBTQIAP+ podem disputar mercado com linguagem, ambição e qualidade. Para criar um novo imaginário, uma nova narrativa, precisamos nos aliar a uma equipe que também reverbere esse novo discurso e diversidade.” complementa o produtor Gabriel Bortolini.
A série foi selecionada para exibição no Festival do Rio, em outubro e o público terá a chance de assistir aos três primeiros episódios na tela grande. Conta com o patrocínio do Governo do Estado de São Paulo, a Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, o Governo Federal, o Ministério da Cultura através da Lei Paulo Gustavo. A série é uma produção da REPRODUTORA, que completa 10 anos de trabalhos em 2025.
Sinopse
Ayô é um jovem ator negro gay baiano vivendo em São Paulo, insatisfeito com sua vida amorosa. Após alguns desentendimentos emocionais com Manu, Ayô se joga nos aplicativos de relacionamento, onde conhece João, com quem cria uma conexão instantânea. Profissionalmente, Ayô também se mostra reflexivo depois que Carla, sua agente, o faz perceber a dura realidade de ser um artista negro em uma sociedade intrinsecamente racista.
Sobre o roteirista e protagonista Lucas Oranmian:
É ator e roteirista baiano, filho de uma paraense e de um mineiro, formado pela ECA-USP. Em AYÔ, além de assinar o roteiro, interpreta o personagem-título, trazendo para a tela suas vivências e inquietações como artista negro na busca por papéis e histórias que fujam dos estereótipos. Acaba de rodar o longa Continente, de Tomás Osten e O Pai da Rainha de Angola, de Rodrigo França (em pós-produção). Interpretou Isaque em 7 Prisioneiros (Netflix), que estreou no Festival de Veneza, e atuou nos filmes Estamos Tentando (Julia Conatti e Gui Gomes), Grande Sertão (Guel Arraes) e O Silêncio das Ostras (Marcos Pimentel). No teatro, destacou-se no premiado espetáculo Grande Sertão: Veredas, dirigido por Bia Lessa, que também o dirigiu no longa O Diabo na Rua no Meio do Redemunho, com première no Festival do Rio 2023.
Sobre a diretora Yasmin Thayná:
Diretora e roteirista de filmes, clipes e séries, Yasmin Thayná apresenta um programa sobre cinema no Canal Futura e dirigiu projetos como Amar é para os Fortes e a série de comédia Toda Família Tem na Prime Video. Em 2025, lançou o longa Virgínia e Adelaide, em parceria com Jorge Furtado. Foi eleita pela revista Forbes como um dos 90 jovens abaixo de 30 anos mais brilhantes do Brasil e listada pela Wired como uma das 50 pessoas que transformam a criatividade no país. Venceu o prêmio de Melhor Curta da Diáspora Africana na Academia Africana de Cinema com Kbela e participou da Sessão Black Rebels do Festival de Roterdã. Também dirigiu a série Política: Modo de Fazer (Globonews), roteirizou Por um Respiro (Globoplay) e lançou o documentário Fartura, indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Em 2025, assumiu como uma das diretoras da novela Dona de Mim na TV Globo
Sobre o produtor Gabriel Bortolini:
A produção é de Gabriel Bortolini, gestor cultural e fundador da REPRODUTORA, produtora dedicada à originalidade e diversidade desde 2015. Responsável pela produção executiva de mais de 20 filmes e séries e projetos de impacto no audiovisual, Bortolini também é cofundador do projeto Elenco Negro juntamente com o ator Fabrício Boliveira, voltado para mapear e fortalecer a presença de atores negros no cinema e na TV. Gabriel também se dedica como preparador de elenco, e realizou a preparação das séries O Jogo que Mudou a História (Globoplay) e Cidade de Deus – A Luta Não Para (HBO). É produtor de elenco, preparador e diretor assistente de Regra 34 de Julia Murat, premiado em Locarno como melhor filme da mostra competitiva internacional com o Leopardo de Ouro em 2022 e ganhador diversos prêmios e participação em mais de 30 festivais.
Sobre a REPRODUTORA:
Criada em 2015, dedicada a projetos que valorizam originalidade e diversidade, atuando do desenvolvimento à exibição. Em TV, produziu o Polipolar Show (Canal Brasil, 2025), derivado do premiado Bipolar Show. Coordenou a campanha de impacto no Brasil do documentário O Território (NatGeo, 2022), premiado duas vezes em Sundance, ganhador de Emmy e do Peabody Award, e melhor campanha de Impacto no Jackson Wild Awards e exibido em mais de 30 festivais e pré-indicado ao Oscar. Foi produtora associada do longa Eduardo e Mônica (2022), sucesso de bilheteria e premiado no Festival de Edmonton. Entre seus curtas, destacam-se Macaléia, Por Favor Leiam Para Que Eu Descanse em Paz e Sankofa, exibidos em festivais no Brasil e no exterior. Atualmente finaliza os longas Dia Útil e London 70 e produz o longa Cogum e o curta de animação A Lenda de Iguaraguá.







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