Curta-metragem, com Bárbara Colen e Mel Faria no elenco, é a estreia da produtora Diane Maia na direção.
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No Brasil, todos os dias, 57 meninas de 11 a 14 anos ficam grávidas. Tocada por esse dado engolido por uma rotina de silêncio, Diane Maia, produtora experiente que já trabalhou com diretores como Karim Aïnouz, Cao Hamburger, Laís Bodanzky, Caco Ciocler e Joana Mariani, decidiu que esse seria o tema de seu primeiro trabalho na direção. BRASA, curta-metragem que terá sua premiére mundial no Festival do Rio, acompanha uma garota do interior que atravessa sozinha a descoberta de sua sexualidade. O filme nasce do desejo de Diane de registrar como os tabus e a desinformação transformam as vidas de crianças e adolescentes, sobretudo longe das capitais. Em BRASA, Diane, que já havia escrito o argumento de Carrossel e o roteiro da série Meu Sonho Ferve com Você, dividiu a tarefa com Ana Alkimin. O formato compacto não intimidou a diretora. Em menos de 25 minutos, ela reflete sobre como isolamento, estrutura familiar, condição social, falta de informação e machismo alimentam o problema. “Metade dessas meninas engravida novamente em até dois anos. Não são só estatísticas: são vidas modificadas; sonhos adiados”, afirma Diane, que convocou para o trabalho a experiente Bárbara Colen e a revelação Mel Faria. Elas são mãe e filha num filme que oferece uma reflexão delicada sobre uma questão complexa: “A mãe que cria a filha enquanto precisa cuidar também do neto. A menina que se torna mãe enquanto ainda aprende a ser filha”, explica Diane. Com sessões no Festival do Rio nos dias 10, 11 e 12 de outubro, o filme, selecionado para a seção Première Brasil: Curtas Novos Rumos, “conta a história de uma menina para enxergar milhares.” |
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