‘Sexa’, de Gloria Pires, ‘Com Causa’, de Belisario Franca e Pedro Nóbrega, ‘Ninguém Pode Provar Nada – A inacreditável história de Ezequiel’, de Rodrigo Pinto, e ‘Massa Funkeira’, de Ana Rieper, estão na seleção oficial.
Com quase três décadas de atividade no mercado audiovisual, a produtora nacional Giros Filmes estreia quatro títulos nesta edição do Festival do Rio. A empresa formada por Belisario Franca, Bianca Lenti e Maurício Magalhães participa do evento com os longas “Sexa”, de Gloria Pires, “Com Causa”, de Franca e Pedro Nóbrega, “Ninguém Pode Provar Nada – A inacreditável história de Ezequiel”, de Rodrigo Pinto, e “Massa Funkeira”, de Ana Rieper. Os longas passam na mostra Premiere Brasil, nas categorias Hors-Concours, O Estado das Coisas, Retratos e Documentário, respectivamente. O 27º Festival do Rio acontece de 2 a 12 de outubro de 2025.
“Sexa” marca a estreia na direção da atriz Gloria Pires. Ela também vive a protagonista, Bárbara, uma mulher indignada com as injustiças do envelhecimento feminino. Depois de seu último romance, Bárbara resolve abrir mão do amor para ter uma boa relação com o filho, que a vê como uma idosa recatada e do lar. Aí ela conhece Davi, 35 anos, e eles se apaixonam. Agora, a sexagenária (ou Sexa, como diz sua melhor amiga) precisa decidir entre ser o que a sociedade conservadora espera de uma mulher madura ou viver essa paixão arrebatadora. O elenco traz ainda Isabel Fillardis, Thiago Martins, Danilo Mesquita, Eri Johnson, Rosamaria Murtinho, Dan Ferreira e Déa Lúcia.
Mistura de documentário e ficção, “Ninguém Pode Provar Nada – A inacreditável história de Ezequiel”, de Rodrigo Pinto, investiga a trajetória do controverso ator, jornalista e produtor musical Ezequiel Neves, incluindo suas relações passionais com nomes como Rita Lee e Cazuza (com quem escreveu o hit “Exagerado”). Para costurar suas histórias inacreditáveis, o longa mergulha em mais de 60 horas de entrevistas inéditas e vasta documentação, arquivo falso, entrevistas recriadas por IA e trechos de filmes inventados que deveriam existir.
O doc “Com Causa” traz memórias, sonhos, denúncias e reflexões de ativistas do Brasil e do mundo que compartilham as causas que movem suas vidas. Os depoimentos e imagens, que vão da Amazônia à África, da Síria ao Rio de Janeiro, formam um rico mosaico de cores, vivências e emoções que aproxima o público do olhar de quem escolheu enfrentar os grandes males de nosso tempo – sem nunca perder a esperança. O longa de Belisario Franca e Pedro Nóbrega traz falas de Ailton Krenak, Paul Watson, Carmen Silva, Muzoon Almellehan e outros.
Por fim, “Massa Funkeira” é um documentário sobre sexo a partir do universo do funk, gênero musical de maior potência e popularidade no país. Sem moralismos, o filme de Ana Rieper, realizadora de “Vou Rifar meu Coração” (2011) e Paraíso (2024), revela como através do corpo, da dança, das letras e vivências de seus artistas, o funk expressa resistência, desejo, prazer e afirmação pessoal. Combinando registros de bailes, corpos em movimento, grandes personagens desse universo, cenas cotidianas e um batidão que quando toca ninguém fica parado, o filme celebra o funk como força vital e cultural da periferia brasileira.
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