“Força Bruta: Sem Saída” traz uma continuação divertida e empolgante para uma saga de ação popular na Coréia do Sul.
“Força Bruta: Sem Saída” é o terceiro filme de uma saga de ação sul coreana. Na história, acompanhamos Ma Seok-do enfrentar dois inimigos diferentes. A princípio, ele se junta a um novo esquadrão para investigar o que seria apenas um caso de assassinato. Porém, logo descobre que, por trás do crime, há uma droga sintética. A mente responsável pelo tráfico dessa nova substância, Joo Sung-chul, não para de causar problemas. É assim que todos os olhares se voltam para a Coreia do Sul: Ma Seok-do, distribuidores de drogas e até Rick, primeiro vilão da franquia, vão atrás de Joo Sung-chul para resolver o caos que ele causou.
Por se tratar de uma sequência, há quem fique com um pé atrás. Aqui, assim como nos dois primeiros filmes, a mistura de ação com comédia é equilibrada sem se perder. Desde o início, é notável como o filme investe em lutas bem coreografadas, mantendo o público atento e imerso na narrativa e trazendo uma experiência divertida e envolvente.

As cenas de luta, em particular, são um ponto alto, especialmente pela escolha de focar em artes marciais e armas brancas, em vez do uso excessivo de armas de fogo. Isso é interessante para percebermos uma característica cultural da Coreia do Sul, que valoriza combates corpo a corpo e coreografias elaboradas. O resultado é uma ação dinâmica e com bastante adrenalina.
O humor é bem distribuído ao longo do filme, sem exageros, surgindo em momentos estratégicos que aliviam a tensão das cenas mais violentas. As ironias são muito bem colocadas em situações que fazem todo sentido no contexto. É um humor que complementa as cenas de ação e aumenta a graça dos combates intensos, permitindo que a tensão da narrativa seja quebrada nos momentos certos, e que o filme não tente ser excessivamente engraçado.

A trama é trabalhada de forma que os personagens são bem inseridos e não parecem deslocados, como ocorre em muitos outros filmes do gênero. Cada um deles tem um papel claro no desenvolvimento da história, seja como aliados ou inimigos. O roteiro não se apressa e permite que as cenas se desenvolvam com fluidez, fazendo com que o público se conectemelhor tanto com os heróis quanto com os vilões.
Outro ponto interessante é como o filme consegue manter um tom sério mesmo com cenas de violência explícita, sem apelar para o gore gratuito. A tensão não sufoca o espectador, mas sim o deixa atento e curioso para o desenrolar da história. Isso demonstra cuidado dos roteiristas e diretor à trazer uma experiência não tão genérica. Vale ressaltar que o ator principal, Ma Dong-seok, também escreveu o roteiro, junto com o diretor e mais dois roteiristas.

Com uma continuação já lançada internacionalmente, mas sem previsão de estreia no Brasil, “Força Bruta: Sem Saída” ainda consegue deixar o público ansioso pelo que está por vir. Esse é um filme que sabe brincar com suas próprias regras, sem perder o ritmo e mantendo o público engajado até o último minuto. A reação das pessoas na cabine de imprensa foi bastante positiva e é bom ver que os filmes de ação sul coreanos estão ganhando cada vez mais espaço nas telas de cinema.
Crítica por Alisson Ferreira.
Força Bruta: Sem Saída | 범죄도시 3
Coréia do Sul, 2023, 105 min.
Direção: Lee Sang-yong
Roteiro: Lee Sang-yong, Kim Min-sung, Ma Dong-seok, Cha Woo-jin
Elenco: Ma Dong-seok, Lee Jun-hyuk, Munetaka Aoki
Produção: Kim Kyeong-taek
Direção de Fotografia: Lee Hyun
Música: Mok Young-jin
Classificação: 16 anos
Distribuição: Sato Company
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